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Implantação da segunda fase do Aedes do Bem começa na sexta-feira (18) em Indaiatuba

Primeira fase do projeto resultou em até 96% de supressão do Aedes aegypti.

Por: Correio Nogueirense
16/10/2019
Foto: Prefeitura de Indaiatuba

A Prefeitura de Indaiatuba por meio da Vigilância em Saúde, junto com a Oxitec do Brasil iniciam a instalação dos dispositivos de liberação da 2ª Geração de Aedes do Bem™ na sexta-feira (18) às 9h30 no Centro de Operações Contra a Dengue. A primeira fase do projeto resultou em até 96% de supressão de mosquitos selvagens Aedes aegypti em comunidades tratadas em comparação com áreas não tratadas. Desta vez a liberação dos mosquitos machos, que não picam, será feita através da instalação de pequenas caixas de papelão simples contendo ovos e água que serão instaladas nos bairros. Desta caixa, nascerão apenas os mosquitos machos Aedes do Bem ™. Para que o teste funcione de acordo com o planejado é importante que os moradores não mexam nas caixas assim o mosquito poderá emergir e ajudar no combate.

No projeto-piloto realizado recentemente, foram liberados mosquitos machos adultos da linhagem OX5034 da Oxitec em quatro bairros, atingindo até 96% de supressão das populações-alvo do mosquito Aedes aegypti. A Oxitec do Brasil e a Prefeitura de Indaiatuba estão iniciando agora a segunda fase desse projeto para demonstrar a efetividade e avaliar novos métodos de liberação do mesmo Aedes do bem™.

Antes de iniciar a segunda fase deste projeto, a equipe fez o monitoramento da abundância da população de Aedes aegypti em 12 bairros da cidade, que hospedarão as liberações dos mosquitos da Oxitec, nos quais são: Jardim Pau Preto, Jardim Portal do Sol, Núcleo Habitacional Lucio Artoni-CDHU, Setor Industrial Recreio Campestre Joia, Vila Romana, Cidade Nova, Jardim Carlos Aldrovandi, Solar de Itamaracá, Jardim Bela Vista, Jardim Europa, Parque Residencial Indaia e Jardim Jequitibá.

O objetivo é implementar um sistema de vigilância preciso para avaliar a infestação dos mosquitos selvagens e o desempenho das liberações do Aedes do bem™. O monitoramento será realizado semanalmente, e para isso será utilizado um recipiente cheio de água conhecido como ovitrampa, que atraem mosquitos fêmeas para realizarem a oviposição; esses ovos serão levados para o laboratório para contagem, posteriormente, usados para avaliar a população de mosquitos.

A 2ª geração de Aedes do bem™ da Oxitec, contempla a liberação de mosquitos machos seguros e que não picam. Estes machos irão procurar por femêas selvagens em áreas de difícil acesso aos métodos de controle convencionais. Após o acasalamento, os descendentes femêas morrem, enquanto a prole macho sobrevive e continua a acasalar e reduzir ainda mais a população de mosquitos. A cada geração sucessiva, o número de machos da Oxitec diminui até que finalmente desapareçam do meio ambiente. Após o término das liberações, a Oxitec continuará monitorando o Aedes do Bem™ até que não seja encontrada mais nenhuma evidência no ambiente.

Como a tecnologia de 2ª geração da Oxitec produz apenas o macho Aedes do bem™, ela permite a implantação de diferentes métodos de liberação, incluindo os dispositivos que serão testados em Indaiatuba. Essa estratégia, antecipa a equipe da Oxitec, oferecerá uma solução Aedes do Bem™ mais econômica e flexível para o controle de mosquitos nas comunidades brasileiras.

Este projeto-piloto foi revisado e aprovado pela CTNBio – a autoridade brasileira reguladora de Biossegurança – que concluiu que o Aedes do Bem™ é seguro e não representa riscos para humanos, animais ou o meio ambiente. A aplicação desta tecnologia não impede o uso de ferramentas convencionais de controle vetorial já implantadas pela prefeitura, que continuará sua campanha para eliminar os pontos de água parada onde o Aedes aegypti se reproduz. O objetivo é que o novo mosquito Aedes do Bem™ seja avaliado como uma estratégia adicional no combate ao mosquito transmissor de dengue, Zika, febre amarela e Chikungunya.

Sobre a Oxitec

A Oxitec é pioneira no uso de engenharia genética para controle de vetores e pragas que disseminam doenças e destroem culturas. Foi fundada em 2002 como uma “spinout” da Universidade de Oxford (Inglaterra). A Oxitec é uma subsidiária da Intrexon Corporation (NYSE: XON), empresa que utiliza biologia para ajudar a resolver alguns dos maiores problemas mundiais.

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