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A importância de falar sobre o suicídio

Você já ouviu o mito de quem quer se matar não avisa? Na verdade, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 50% e 75% das pessoas que tentam suicídio falam sobre seus pensamentos suicidas, sentimentos e planos antes do ato. Hoje nossa neuropsicóloga, Dra. Celina Vallim, vai explicar a importância de falar sobre o suicídio. Confira.

Por: Dra. Celina Vallim
13/03/2020

É comum que os pais evitem falar sobre suicídio com os filhos, na tentativa de minimizar a importância percebida pelo adolescente de um determinado problema que observam, ou mesmo pelo fato de os filhos não darem abertura suficiente para que o assunto seja discutido.

E não são só as crianças e adolescentes que não conversam sobre o assunto: pessoas de qualquer idade podem ter um bloqueio de falar sobre algo tão importante, como se abordar o assunto fosse deixá-lo em evidência na cabeça de quem está depressivo.

Porém, a conversa pode abrir novas perspectivas e até alertar a outra pessoa para tomar medidas mais drásticas para solucionar a situação.

Por isso é tão importante que a sociedade como um todo, família, amigos, escola e grupos de trabalho, esteja atenta aos menores sinais, disposta e preparada para discutir o tema e encaminhar a pessoa para um tratamento que trará um novo olhar sobre a vida e a vontade de prosseguir.

Perceber os menores sinais pode fazer a diferença

Muitas vezes, o diálogo até acontece, porém quem ouve pode não estar preparado e não sabe como reagir quando ouve uma pessoa falar que não tem mais vontade de viver e que, muitas vezes, tem vontade de tirar a própria vida. Quando não estamos preparados, podemos não dar a atenção devida a essa fala tão séria.

Além de não ignorar esse tipo de fala, é preciso estar atento a outros sinais que podem indicar a depressão e a vontade de cometer suicídio. Confira alguns dos sintomas que devem ser acompanhados e levados a sério:

  • Tristeza persistente;
  • Postagens relacionadas a suicídio ou depressão profunda nas redes sociais;
  • Perda de interesse em atividades que antes davam prazer;
  • Fadiga;
  • Falta de energia;
  • Alteração no sono;
  • Irritabilidade;
  • Alterações no apetite;
  • Choro sem razão aparente;
  • Idéias de morte;
  • Dores e sentimento de inutilidade.

Se você conhece alguém que tem sintomas de depressão, fala frequentemente sobre morte ou apresenta algum dos comportamentos apontados acima, não hesite em orientar essa pessoa a procurar ajuda especializada.

Você pode salvar uma vida.

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