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Bagdá condena ataque dos EUA a posições militares iraquianas

Por: Correio Nogueirense
27/12/2023
Foto: REUTERS/Alaa al-Marjani

Reuters – O governo do Iraque condenou nesta terça-feira os ataques aéreos dos EUA durante a noite contra posições militares iraquianas que, segundo ele, mataram um militar e feriram 18 pessoas, chamando-os de um “ato claramente hostil”.

Os Estados Unidos realizaram ataques aéreos de retaliação na segunda-feira no Iraque, após um ataque unilateral de drone no início do dia por militantes alinhados ao Irã que deixou um militar dos EUA em estado crítico e feriu outros dois.

O governo condenou os ataques dos EUA como “uma violação inaceitável da soberania iraquiana”, ao mesmo tempo que sublinhou que os ataques de grupos armados contra bases militares que acolhem conselheiros da coligação liderada pelos EUA são actos hostis e violam a soberania iraquiana, afirmou um comunicado do governo.

Duas fontes de segurança iraquianas disseram que os ataques noturnos dos EUA tiveram como alvo o quartel-general do grupo armado iraquiano Kataib Hezbollah, na cidade iraquiana de Hilla, ao sul de Bagdá.

Um combatente do Kataib Hezbollah foi morto nos ataques e 16 ficaram feridos, disseram duas fontes de segurança sob condição de anonimato.

O Kataib Hezbollah, alinhado ao Irã, criticou a posição do governo por condenar os ataques das milícias iraquianas contra os alvos da coalizão liderada pelos EUA, disse um oficial de segurança do grupo em uma postagem nas redes sociais.

“…Advertimos aqueles com almas fracas, do nível mais alto ao mais baixo, para não testarem a nossa paciência”, disse Abu Ali al-Askari.

Num claro desafio ao governo do primeiro-ministro Mohammed Shia al-Sudani, Askari prometeu continuar os ataques contra as forças dos EUA.

O primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia Al-Sudani, tem controlo limitado sobre algumas facções apoiadas pelo Irão, cujo apoio precisava para conquistar o poder há um ano e que agora formam um bloco poderoso na sua coligação governamental. Muitas das facções também não concordam com as ações contra as forças dos EUA.

Os Estados Unidos têm 900 soldados na Síria e 2.500 no Iraque numa missão que dizem ter como objectivo aconselhar e ajudar as forças locais que tentam impedir o ressurgimento do Estado Islâmico, que em 2014 tomou grandes áreas de ambos os países antes de ser derrotado.

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