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Depressão: o que você precisa saber

Uma tristeza intensa que dura semanas e parece que tudo perdeu o brilho. Muitas pessoas descrevem a depressão dessa forma. Hoje a neuropsicóloga, Celina Vallim, vai explicar tudo sobre esse transtorno que está presente na vida de milhões de pessoas em todo o mundo e merece atenção especial.

Por: Dra. Celina Vallim
10/09/2020

A depressão é um problema mundial. Mas apesar do elevado número estatístico que é crescente, ela tem cura.

O QUE É DEPRESSÃO?

A depressão, segundo a OMS, é um distúrbio afetivo que tem origem desde os primórdios da humanidade. Hoje, a depressão atinge a marca de mais de 300 milhões de pessoas no mundo, independente da sua faixa etária e gênero. Só no Brasil, os dados apontam para a margem de 5,9% da população que já é afetada pela depressão. Em termos fisiológicos, a depressão seria um tipo de desequilíbrio que é causado por alguns fatores, que podem incluir disfunção hormonal, e de algumas glândulas endócrinas no cérebro. No entanto, diferentemente de outras doenças, a depressão não possui um tratamento restrito apenas aos remédios, pois a sua origem e causa possui múltiplos fatores, como processos emocionais, psicológicos, biológicos e sociais.

 

TIPOS DE DEPRESSÃO

Na verdade existem diferentes tipos de depressão, sendo aqui destacados os mais comuns:

 

Depressão leve (episódio ou distimia)

É a fase em que a pessoa apresenta alterações no seu comportamento e na qualidade de vida que é desencadeada por:

– mau humor;

– falta de vontade de fazer coisas;

– negligência de responsabilidades;

– pouca energia; falta de prazer;

– disfunção do sono, insônia e sono interrompido;

– falta de apetite;

– dislexia ou déficit de atenção e concentração;

 

Depressão maior (Distúrbio depressivo maior ou transtorno depressivo)

Se o quadro anterior não foi diagnosticado, ela poderá sobrevir da seguinte forma: quadros depressivos recorrentes e mantidos por mais de seis meses com intensificação. Nesta fase, o quadro já pode ser considerado como grave e que pode desencadear fenômenos e reações físicas e emocionais.

– baixa autoestima

– perda de interesse em atividades

– pouca energia;

– dor sem causa definida

– alterações do sono e do apetite;

– redução do interesse e prazer sexual;

– isolamento social;

– tentativa de suicídio e comportamento autodestrutivo.

 

Depressão bipolar (perturbação afetiva bipolar) ou transtorno bipolar como é chamado também, que seria uma espécie de subtipo de depressão. Seus sintomas são:

 

– fases alternadas entre irritabilidade e bom humor;

– impulsividade, distração e impaciência;

– mudanças repentinas de humor;

– manias consecutivas com prejuízo para as atividades diárias;

– sentimento de vazio;

 

Depressão atípica

Acontece quando a pessoa passa por quadros que tendem a ser considerados como de tristeza profunda, melancolias, possui pensamentos sobre sentido da vida, morte, falta de esperança e inércia perante a vida. Seus sintomas são:

– falta de energia para reagir;

– cansaço e apatia;

– sono excessivo

 

Depressão sazonal

Está relacionada a situações ocasionais como fatores climáticos, inverno ou falta de luz solar, por exemplo, que possuem relação direta com as glândulas endócrinas do cérebro e falta de vitaminas.

 

Depressão pósparto

A depressão pós-parto acontece quando a mãe, geralmente jovem, possui sintomas de tristeza profunda, culpa, ou desesperança. As causas podem ser relacionadas às alterações hormonais. Entre os principais sintomas podemos citar:

– mudanças de humor;

– crises de agonia e choro

 

Depressão psicótica

A depressão psicótica é um tipo de depressão rara e séria. Pois tem ligação com quadros fisiológicos, como:

– tristeza por nenhuma situação específica;

– delírios e alucinações;

– quadros psicóticos.

 

CAUSAS DA DEPRESSÃO

A depressão é, na verdade, um grande guarda chuva em que abriga muitas diferentes causas. Existem evidências científicas que mostram no cérebro que determinadas alterações químicas podem causar a depressão, tais como a ação dos neurotransmissores, a produção de hormônios como a serotonina, dopamina, etc.

Outras causas possíveis é o uso contínuo de substâncias tóxicas como o álcool e as drogas, e que muitas vezes, podem até “despertar” quadros depressivos já existentes.

Mais causas seriam fatores existenciais pessoais como idade, doença crônica ou terminal, traumas psicológicos, fatores sociais, bullying, medicamentos, acúmulo de estresse, precipitação genética, etc.

Fonte: www.problemascomdrogas.com.br/depressao-a-doenca-silenciosa-que-pode-levar-ao-suicidio

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