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Desconforto emocional em períodos de isolamento

Hoje, nossa neuropsicóloga, Celina Vallim, dá sugestões para diminuir os efeitos da nova rotina de isolamento que se estabelece mundialmente. Confira.

Por: Dra. Celina Vallim
10/04/2020

Como seres humanos, nos reconhecemos como pessoa e nos organizamos em sociedade por meio da interação social. Portanto, durante períodos de isolamento, o  mal estar psicológico pode se instalar, fragilizando nossa capacidade  de adaptação e reação ao estresse do confinamento, produzindo respostas fisiológicas e emocionais que podem impactar nosso  sistema imunológico e a condição de equilíbrio mental para enfrentamento de situações adversas. Esse breve material  visa contribuir com sugestões que possam minimizar os efeitos  da nova rotina que se estabelece mundialmente  no contexto da pandemia do novo corona vírus.

EVITE Excesso de Informações Desnecessárias

Procure assistir noticiários apenas uma vez ao dia. Geralmente a edição da manhã é capaz consolidar tudo o que precisamos saber para ficarmos atualizados. Não caia na armadilha da hiper informação e no excesso angustiante de informações falsas ou exageradas. Essas ações podem te levar a um estado mental de constante alerta, prejudicando o relaxamento e capacidade de discernimento.

EVITE Pensamentos Vitimistas

Estar isolado não é uma punição e sim uma preservação e contribuição para o bem comum. Permanecer em casa por alguns dias é necessário,  mas não é uma condição definitiva. Em breve, tudo voltará ao normal.

EVITE Solidão como percepção de Abandono

A solitude é um estado desejável de privacidade que permite a reflexão e a subjetivação pessoal, mas a solidão pode produzir tristeza em excesso e potencializar traços depressivos inerentes a cada pessoa. Utilize toda tecnologia disponível para manter-se conectado com a vida e com pessoas que você estima. Una-se aos seus familiares e amigos, promovendo boas conversas por meio de videochamadas, telefonemas ou mensagens.

EVITE Pessimismo como padrão pensamento

Quando estamos amargurados, nosso mundo interior fica embrutecido e nossas reações e comportamentos podem se revelar de forma destrutiva, ferindo aqueles que estão à nossa volta e nos impedindo de enxergar soluções.

EVITE Não fazer nada

Se o ócio não for criativo, pode conduzir a um estado de letargia existencial. Encontre nas atividades manuais e nas atividades físicas que possam ser executadas em casa um meio para aliviar desconfortos e para preencher o tempo.

EVITE Uma agenda sem compromissos

Para muitas pessoas, trabalhar em regime de home office, pode ser uma experiência nova e eventualmente não prazerosa. Essa nova realidade, ainda que temporária, pode desorganizar a rotina diária e produzir algum tipo de insegurança ou angústia. Organize seu tempo, incluindo períodos voltados a sua atividade profissional. Respeite intervalos como o almoço, pausas para o café e término de expediente.  Não abra mão do tempo livre! Leia, interaja com outras pessoas  e descanse!

EVITE Viver numa perspectiva meramente Individualista

Possivelmente dividimos nosso espaço de confinamento com outras pessoas no núcleo familiar. Sua individualidade é importante, mas  dimensão coletiva não pode ser ignorada. É importante que todos tomem consciência das dificuldades atuais, exercitando empatia, firmando acordos e regras de convívio, e buscando um elevado espírito de colaboração  e apoio mútuo, a fim de tornar a vida agradável durante esse período.

NÃO DESANIME!

Enfrentaremos esse tempo com consciência, inteligência e empatia.

Fonte: https://cdd.org.br/noticia/saude-publica/estrategias-para-manter-o-equilibrio-emocional-durante-o-isolamento/

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