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Em 21 anos de tratamento na PUC senhora fica sem transporte da prefeitura pela primeira vez

Quimioterapia e endoscopia que estavam marcadas para senhora Inha Cardoso podem ser canceladas por falta de veículo da prefeitura.

Por: Correio Nogueirense
24/04/2019
Foto: Arquivo da família

A nossa equipe recebeu na tarde desta quarta-feira (24), uma denúncia da filha da senhora Inha Cardoso que se trata na PUC há mais de 21 anos. Valquíria Cardoso entrou em contato com a nossa equipe para falar sobre o descaso da prefeitura com a falta de transporte para levar sua mãe ao hospital da PUC para tratar da doença rara chamada Lúpus e ela precisa ir quase todos os dias ao médico para fazer diversos tratamentos, entre eles a quimioterapia.

Lúpus é uma doença inflamatória de origem autoimune que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, tais como pele, articulações, rins, cérebro e outros órgãos, causando sintomas como fadiga, febre e dor nas articulações. Seu nome completo é Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES).

Em conversa com a nossa equipe, Valquíria relatou que essa é a primeira vez em 21 anos que a prefeitura disse não ter um transporte para levar a sua mãe. “Nós éramos de Minas Gerais, há 21 anos viemos morar aqui em Artur Nogueira para minha mãe poder ser tratada, durante esse tempo nunca nos faltou transporte da prefeitura para ela se tratar e hoje foi a primeira vez”.

Valquíria comentou que esse tipo de tratamento não pode ser cancelado, que a fila para marcar e ser atendido na PUC é enorme. “Minha mãe faz quimioterapia, amanhã (25), ela iria fazer uma endoscopia digestiva, por causa do forte tratamento da quimioterapia. Para conseguir marcar uma consulta ou exame é muito difícil e quando fui a prefeitura hoje, eles meio que falaram para me virar porque não teria transporte hoje e não sabiam quando iria ter novamente, já que estavam todos os carros em manutenção”.

A filha da senhora Inha Cardoso, relatou que por ter problema na perna, passar por diversos problemas na pele, o transporte sempre é um carro, só que diversas vezes ela já foi em carros precários. “Minha mãe tem vário tumores no braço, já colocou uma prótese na perna por que a doença corrói o osso e por isso ela precisa ir em ambulâncias menores ou carros. Ela já foi em carros sem freio, com a porta caindo e com vários outros problemas, então se os carros estão mesmo em manutenção, que alugue outros, porque ela precisa ser tratada”.

Para finalizar, a filha mostra os exames, laudos médicos e relata as dificuldades que a mãe passa para que a doença não avance. “Minha mãe faz a quimioterapia para que a doença não avance, já fez transfusão de sangue, ela tem diversos problemas e toma 20 remédios por dia. Nós saímos de Minas Gerais há 22 anos por que lá ela não podia se tratar e só poderia aqui na PUC, porque essa é uma doença muito rara que maltrata a pessoa”.

Valquíria Cardoso relatou que nenhuma outra gestão deixou de conseguir o transporte para o tratamento e que essa é a primeira vez em 21 anos.

Entramos em contato com a prefeitura, através da Assessoria de Imprensa, mas até o momento não obtivemos resposta.

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