Esquizofrenia: o que é, quais os sintomas e como tratar

A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica conhecida pelos sintomas de ouvir e ver coisas que, na verdade, não existem. Hoje nossa Neuropsicóloga Dra. Celina Vallim fala mais sobre a doença. Confira

Por: Dra. Celina Vallim
02/05/2019

Neste mês de maio, no dia 18 é dedicado a Luta antimanicomial, pensando nisso, vamos falar um pouco sobre a doença psiquiátrica – Esquizofrenia…

A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica na qual o indivíduo portador tende a perder o contato com a realidade, podendo sofrer delírios e alucinações, com a total convicção de que estes são eventos verdadeiros. De ocorrência igual tanto em homens quanto em mulheres, tende a se manifestar no fim da juventude e início da idade adulta. Entretanto, a evolução nas mulheres é mais lenta e os sintomas, menores. Acredita-se que os hormônios sexuais femininos têm importante papel neste fato, já que atuam no cérebro de forma semelhante aos antipsicóticos.

Não se sabe, exatamente, quais as causas e fatores que desencadeiam esta doença. Entretanto, é de conhecimento que muitos fatores, tanto genéticos quanto ambientais, causam ou impedem o desencadeamento da doença.
Os portadores geralmente se vêem perseguidos, ouvem vozes que os orientam em relação ao que fazer. Estes comportamentos, denominados na psiquiatria como sintomas positivos, são os mais perceptíveis. Entretanto, as esquizofrenias se iniciam, na maioria das vezes, com os sintomas negativos, que são desânimo, olhar distante e tensão e ansiedade extremas – a fase chamada trema psicótico.

Geralmente os familiares e amigos percebem esta mudança, e com o tempo passam a desconfiar do uso de drogas. Em alguns casos, isso realmente acontece, mas é uma consequência de tais sintomas, e não as causas. Isso porque o paciente tenta buscar o efeito sedativo e tranquilizante que algumas drogas, como o álcool e a maconha, podem proporcionar.

Causando muitos danos ao portador, pode provocar distúrbios de personalidade e abandono de suas atividades habituais, caso o tratamento não seja feito o mais precocemente possível. O diagnóstico é unicamente clínico, excluindo outras possíveis causas.

É imprescindível o uso de antipsicóticos, prescritos pelo psiquiatra, e tratamento focando a reintegração à sociedade, como acompanhamento psicoterápico ou participação em programas específicos. A presença e participação da família são também de extrema importância, sendo necessário que estes recebam a devida orientação dos profissionais, quanto a como proceder com o indivíduo em questão.

Com o tratamento precoce e adequado, existe possibilidade de o paciente se recuperar completamente.

 

Texto original: https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/esquizofrenia.htm

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