Com o aumento da população mundial humana, a prevalência de doenças crônico-degenerativas do cérebro e a Doença de Alzheimer aumentam, pois, a idade é o fator de risco mais importante para o declínio cognitivo e a demência.
No entanto, a demência não faz parte do processo normal de envelhecimento. Apesar de apresentar maior vulnerabilidade, os idosos podem manter preservada a sua capacidade cognitiva em idades bastante avançadas. Além de adaptar-se às mudanças causadas pelo envelhecimento, demonstrar apenas um sutil declínio cognitivo, manter sua funcionalidade e fazer deste um processo positivo.
Assim podemos considerar idosos ativos aqueles que tem consciência das limitações impostas pelo envelhecimento e são capazes de lançar mão de recursos pessoais para manter-se ativo. São aqueles que mantem atividades importantes para si durante a velhice. Além disso tem boa capacidade de adaptação a condições desfavoráveis e de otimização de competências, com boa funcionalidade física e psicossocial, compensando os comprometimentos inerentes a velhice.
A manutenção das habilidades cognitivas constitui um dos fatores associados à saúde e a qualidade de vida no envelhecimento, aliando-se ao bom desempenho físico e social. O funcionamento cognitivo saudável inclui domínios como linguagem, memoria, funções executivas, julgamento, atenção, percepção e capacidade de manter objetivos na vida. A partir disso, podemos pensar que a saúde cognitiva se refere à capacidade de manter as habilidades cognitivas, funcionais e a rede de contato sociais ativos.
Já sabemos que o processo de envelhecimento normal engloba algum declínio nas funções cognitivas, mas esse declínio não altera sua funcionalidade e independência até em idades mais avançadas. Alguns dos domínios cognitivos que sofrem são relacionados as funções executivas, memoria operacional, memoria episódica, velocidade de processamento e na mudança no foco atencional. Por isso que todos os idosos necessitam de mais tempo para reter informações, muitas vezes é necessário maior numero de repetições para retenha uma informação nova. Além de ter mais dificuldade de manipular várias informações simultaneamente, sendo, portanto, necessário que ele se obtenha a uma tarefa de cada vez.
Podemos pensar em alguns fatores não cognitivos que podem influenciar no declínio cognitivo do idoso e importante de serem levados em conta na prática clínica, como baixa motivação, problemas sensoriais, baixa autoestima e baixa autoeficácia percebida, pouca familiaridade ou ansiedade com relação as atividades ou teste, fadiga e depressão.
Por isso a importância das intervenções cognitivas nessa população, favorecendo a estabilidade do desempenho cognitivo e interação social.