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Funções Executivas: o que são e para que servem?

No artigo de hoje, a neuropsicóloga, Celina Vallim, explica que as funções executivas são responsáveis pela realização das atividades diárias, indispensáveis em nossas vidas. Confira!

Por: Dra. Celina Vallim
01/07/2021

O cérebro é um elemento fundamental para a vida de uma pessoa. O órgão é o responsável pelo controle que temos sobre nosso próprio comportamento e autonomia. Em meio a tantas funções presentes nesta parte do corpo, uma que devemos destacar é a executiva. Mas, afinal, como podemos definir as funções executivas?

Elas são responsáveis pela realização das atividades diárias, indispensáveis em nossas vidas. A definição que utilizaremos aqui é a seguinte: as funções executivas são um conjunto de habilidades necessárias para o controle de nossa saúde mental e vida funcional.

A importância das Funções Executivas

Ao longo de vários anos de pesquisa cientistas chegaram a uma conclusão importante acerca das funções executivas. Estudos sugerem que o desenvolvimento dessas funções é responsável por exercer influências diretas na regulação emocional. Além disso, as funções cognitivas também são trabalhadas. As funções executivas são responsáveis por coordenar e integrar o espectro da tríade neurofuncional da aprendizagem.

Vale dizer que isso revela a necessidade da criação de um modelo integrado de desenvolvimento tanto emocional quanto cognitivo. A evolução das funções emocionais apresenta um papel importante na vida de todos, uma que vez que essa habilidade atua na aprendizagem de diferentes conteúdos acadêmicos. Uma evidência de tal ligação é o fato de muitos pesquisadores estudarem a relação entre distúrbios de aprendizagem e as funções executivas.

Qual o papel das Funções Executivas na prática?

As funções executivas estão inteiramente ligadas a uma série de atividades, tal qual o seu desenvolvimento é indispensável para uma vida regular e sem problemas. Vejam abaixo:

  • atenção(sustentação, foco, fixação, seleção de dados relevantes dos irrelevantes, evitamento de distratores, etc);
  • percepção(intraneurossensorial, interneurossensorial, meta-integrativa, analítica e sintética, etc);
  • memória de trabalho (localização, recuperação, rechamada, manipulação, julgamento e utilização da informação relevante, etc);
  • controle(iniciação, persistência, esforço, inibição, regulação e auto-avaliação de tarefas, etc);
  • ideação(improvisação, raciocínio indutivo e dedutivo, precisão e conclusão de tarefas, etc);
  • planificação e a antecipação(priorização, ordenação, hierarquização e predição de tarefas visando a atingir fins, objetivos e resultados, etc);
  • flexibilização (autocrítica, alteração de condutas, mudança de estratégias, detecção de erros e obstáculos, busca intencional de soluções, etc);
  • metacognição(auto-organização, sistematização, automonitorização, revisão e supervisão, etc);
  • decisão (aplicação de diferentes resoluções de problemas, gestão do tempo evitando atrasos e custos desnecessários, etc);
  • execução(finalização e concomitante verificação, retroação e reaferênciação, etc) (FONSECA, 2014).

 

A importância de treinar as funções executivas é evidente também para treinar as funções cognitivas, tendo em vista que esses conjuntos de habilidades estão interligados.
Além disso, o potencial de aprendizagem  de pessoas que estão em idade escolar ou universitária pode ser otimizado de forma que o cérebro receba bem os estímulos necessários para o seu processo de desenvolvimento, trabalho, etc.

 

Fonte: https://institutoneurosaber.com.br

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