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Por que os adolescentes se expõem ao perigo?

A neuropsicóloga, Celina Vallim, explica que a região do cérebro responsável pelo discernimento é a última a se desenvolver, e isso faz com que o adolescente acabe se colocando em situações de perigo sem pensar nas consequências disso. Confira o artigo.

Por: Dra. Celina Vallim
14/01/2021

A adolescência é uma fase, no mínimo, complicada e caracterizada pelo constante desafio aos limites, rompimentos com as regras estabelecidas e sensação de onipotência, isso, até determinado ponto, é importante para o processo de busca por autonomia.

Entretanto, ele acaba se colocando em situações de perigo sem pensar nas consequências disso, porque isto também está atrelado a uma imaturidade neurológica. A região do cérebro responsável pelo discernimento é a última a se desenvolver. O adolescente é um inconsequente por natureza. E esse quadro pode ser potencializado se ele não tiver maturidade emocional.

Por isso vamos conversar com nossos adolescentes, estimular a capacidade de empatia, ou seja, de conseguir se colocar no lugar do outro, lembrando que isso deve-se iniciar ainda nos primeiros anos de vida. Isso porque este ensinamento inclui a noção de respeito pelo corpo e espaço do outro, dentro de um contexto no qual a integridade física é fundamental.

É preciso instruir a criança para que ela se torne um adolescente que entenda a relevância da garantia da segurança e do cuidado com a vida. Quando surgem essas brincadeiras perigosas, o adolescente estará ciente de que isso não deve ser feito e, no momento da conversa, é preciso ser realista, falar dos riscos e suas conseqüências.

Salientamos a importância do diálogo entre pais e filhos e de construir uma relação de confiança ainda na infância, para o diálogo ser efetivo, não depende de uma ação pontual, ele é resultado de um processo, ressaltando que mesmo uma atitude boba, como um adulto dizer que a injeção não vai doer e ela dói, é capaz de abalar a confiança com os filhos, se o vínculo não é seguro desde a infância, não adianta querer se fazer ouvir agora.

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