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Síndrome de Burnout

Por: Dra. Celina Vallim
28/03/2019

A Síndrome de Burnout é um adoecimento gerado pelo trabalho, que pode ser em função de uma sobrecarga para o funcionário, desvalorização ou falta de reconhecimento ou aquela insatisfação crônica com a atividade profissional que exerce.

Há casos em a atividade profissional é tão incompatível com o perfil do funcionário que acaba gerando um mal estar, comprometendo a saúde mental ou física desse funcionário.

Segundo Maslach, Schaufeli e Leiter (2001) definem as três dimensões da síndrome: Exaustão emocional, caracterizada por uma falta ou carência de energia, entusiasmo e um sentimento de esgotamento de recursos; despersonalização, que se caracteriza por tratar os clientes, colegas e a organização como objetos; e diminuição da realização pessoal no trabalho, tendência do trabalhador a se auto-avaliar de forma negativa. As pessoas sentem-se infelizes consigo próprias e insatisfeitas com seu desenvolvimento profissional.

E, engana-se quem acha que o fato de o funcionário ter um salário alto vai atenuar esse desconforto. A questão é sentir-se motivado e engajado; é orgulhar-se do que faz, é viver o sentimento de pertencimento com aquela atividade. Esse orgulho não tem a ver com o glamour da profissão, pois existem pessoas em posições profissionais invejáveis e que estão profundamente frustrados.

Tem pessoas que vão trabalhar chorando, outras têm enxaqueca, crise de ansiedade, urticária, alteração da pressão arterial e até crises de pânico. É que, chega num ponto que o ambiente de trabalho passa a ser um estímulo completamente aversivo. As doenças emocionais também fazem parte do pacote diante dessa insatisfação crônica, a depressão é uma delas.

Antes que alguém pense nisso, entenda que não se trata de alguém com preguiça de trabalhar, nem ingrato. Trata-se de pessoas que realizam, por anos a fio, algo que não as satisfazem. Isso vai afetando a autoestima, levando a pessoa a sentir-se inadequada e com a energia drenada, o que acaba afetando, também, as demais áreas da vida dela.

Por isso a importância da atuação do psicólogo dentro de uma empresa, desde questões pessoais do colaborador, como a auto-motivação até o desenvolvimento de habilidades dentro do contexto organizacional, proporcionado uma qualidade de vida desses colaboradores.

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